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nov 23, 2021

Como a manutenção se adaptou à pandemia

O contexto de pandemia levou o setor minerador a uma acelerada adaptação em muitos aspectos, e a manutenção de equipamentos e operações foi um dos maiores desafios. Por isso, o Fórum Sul-americano Metso Outotec realizou o painel Principais desafios dos serviços de manutenção na mineração, em 9 de novembro.

Com mediação de Verónica Finchera, gerente geral do Conselho de Competências Mineiras do Chile, o debate teve a participação de Paulina Jaramillo, vice-presidente de Gestão de Ativos e Confiabilidade da Anglo American Chile; Aline Simões, gerente de manutenção da Caraíba Mineração; e Manuel Valverde, gerente de Asset Strategic and Reliability da Anglo American Peru. 

Na opinião de Aline Simões, o setor está passando por uma mudança cultural profunda. “É necessário reconhecer que qualquer investimento em manutenção aumenta a produtividade e a eficiência, porque é redução de custo operacional. Sem dúvida que, para isso, a implementação de tecnologias digitais nos processos é fundamental. Porém, também precisaremos de pessoas capacitadas para operá-las, porque sem a interpretação dos dados provenientes dos sensores não se chega a uma decisão estratégica, principalmente num contexto em que se tomam decisões muito fortes. A mineração vai deixar de basear a manutenção em suposições e correção de falhas, para se tornar uma manutenção preventiva, evitando paradas e perdas irreparáveis na produção”, definiu ela. 

 

Para a representante da Anglo American Chile, Paulina Jaramillo, foram abertas novas possibilidades para a manutenção através das tecnologias de monitoramento remoto. “A maior conquista deste processo foi conseguirmos estar conectados sem estar presentes. Antes, o mantenedor tinha que estar no local. O monitoramento on line abriu possibilidades para o mundo da manutenção. Antes se duplicava o trabalho on line com o trabalho presencial. Hoje, o presencial complementa, atuando em conjunto para manter os ativos em funcionamento. Os desafios são os de hardware, e como nós nos adaptamos a isso como pessoas. A indústria tem que entender como tirar o melhor valor destas novas tecnologias”, disse ela.

 

Por sua vez, Manuel Valverde considera que a necessidade de afastar pessoas das minas e plantas se mostrou uma oportunidade para testar novos dispositivos digitais. “Os protocolos restringiram o acesso às minas, de maneira que se teve que dar prioridade às pessoas que tinham que realizar tarefas manuais. Atividades administrativas e outras foram afastadas. Mas com isso apareceu a necessidade de ver que outras formas de trabalho especializado nós poderíamos realizar de maneira remota. O uso dos smart glasses foi uma das práticas usadas durante a pandemia para continuar com as rotinas de manutenção de forma remota e mais segura”, resumiu.