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Mineração
ago 22, 2019

Rejeito de minério: gestão de rejeitos agora é mandatória

Metso Outotec
Metso Outotec
Os recentes acidentes envolvendo o rompimento de barragens de rejeitos de mineração no Brasil destacaram a importância do tema. Mais do que um problema regional, o assunto é um desafio mundial. Nesse rápido guia, listamos sete pontos que você precisa conhecer a respeito das barragens de rejeitos. E, é claro, apontamos soluções para o desafio. Acompanhe.
Barragem de rejeitos é uma realidade na mineração
m 2025, a estimativa é que apenas 13% do total de barragens de rejeitos deverá passar pelo desaguamento

 

Barragem de rejeito de minério é uma realidade

A produção de pilhas de minério e de estéril faz parte do processo. O que não pode acontecer é a falta de planejamento e controle desse rejeito de minério. As barragens de decantação de finos e de rejeitos, assim como dos efluentes líquidos da mina ou das usinas de beneficiamento do minério, precisam ser monitoradas.

Já a sua gestão inclui desde o reaproveitamento da água no próprio processamento até sistemas que identifiquem vazamentos na planta. As soluções de bombeamento desenhadas para cada projeto são parte fundamental do processo.

Um problema mundial

Dados internacionais indicam que apenas 5% das barragens de rejeitos criadas em 2018 foram desaguadas, com a produção de resíduos pastosos, espessados ou secos. Em 2025, a estimativa é que apenas 13% do total de barragens de rejeitos deverá passar pelo desaguamento.

Com isso, a pressão ambiental sobre o setor mineral continuará forte. Os volumes crescentes de rejeitos – 3,2 bilhões de toneladas somente no caso do cobre e outras 1,8 bilhão de toneladas da exploração mineral são os mais proeminentes.

Água cada vez mais escassa

A água é um componente fundamental na maioria dos processos minerais. E pra complicar, 70% das minas operadas pelas maiores companhias mundiais estão em países onde a escassez de água é considerada o maior risco para a atividade.

O uso responsável da água, portanto, é fundamental, principalmente em países com atividade mineral em regiões secas, caso do Peru, Chile, Estados Unidos e África do Sul, entre outros.

Rejeito de mineração: é preciso racionalizar o uso

De acordo com o International Council on Mining & Metals (ICMM), a pressão para o uso racional da água na mineração é uma realidade. E os exemplos positivos acontecem no mundo todo. É o caso da mina de diamantes de Argyle, na África, cuja demanda de água foi reduzida em 95% em quatro anos. A empresa usava 3,5 megalitros em 2005 e passou a utilizar apenas 300 megalitros em 2009. Entre as iniciativas estava a reciclagem da água usada no processamento.

Combo de tecnologias ganha espaço

O uso de técnicas de classificação e desaguamento juntas ou separadas permite que as mineradoras ativem soluções a prova de futuro na gestão de resíduos. É o caso da filtragem inteligente para resolver os desafios de controlar rejeitos complexos.

Inclusive com reuso da água das barragens, reduzindo o consumo do recurso. Espessadores de placas inclinadas compactos também são outros recursos disponíveis. Etapas anteriores igualmente podem ser melhoradas com uso, entre outros, de hidrociclones diferenciados para a classificação.

Engenharia resolve demanda: o Chile é um exemplo de como a engenharia pode ser aliada na solução planejada. A mina de cobre e ouro da Minera Esperanza, distante 180 km da cidade de Antofogasta, enfrentava o desafio de operar num dos locais mais secos do planeta.

A planta foi projetada para usar água do mar, que é transportada por um duto de 145 km desde a costa do Pacífico até a mina. Em 2013, o abastecimento de água do mar – devidamente filtrada – já correspondia a 30% do uso da planta.

Mito do alto custo de resíduos sólidos

Desaguar bacias de rejeitos, ao contrário do senso comum, não apresenta um custo de capital ou custo operacional mais alto. Retirar a água – por meio de tecnologias como filtragem inteligente – podem maximizar a recuperação de minérios e de água e, ao mesmo tempo reduzir os custos operacionais.

Os custos (de vidas e humanos e financeiros) de provenientes dos acidentes com rompimento de barragens também podem ser minimizados com o desaguamento e com o empilhamento à seco dos resíduos rejeitos.

 

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